Monday, November 27, 2006

A mente

Reprodução de um quadro de Zé Penicheiro (quem não conhece que descubra a obra que é realmente fantástica)


Realmente a nossa mente, é um bichinho bem confuso e cheio de labirintos. Mas por vezes basta uma boa conversa para tudo ficar resolvido dentro de nós. E compreendemos que por vezes ela gosta de nos provocar sentimentos que colmatem falhas antigas, sendo que estes podem ser meramente ilusórios e basta-nos um raciocinio rápido para nos apercebermos das armadilhas que nos pregou.

A minha mente quis brincar comigo e baralhou todo um sistema existencial previamente definido. Mas basta encontrarmos o "ficheiro" danificado para repor todo o sistema novamente.

Estou de volta, cheia de força e com vontade para dar umas valentes gargalhadas.

Obrigada a todos os meus amigos, que nesta altura confusa que passei, me demonstraram porque os posso chamar de verdadeiros amigos.
Depois de toda a tempestade chega a bonança e a minha já chegou. Aprendeu-se mais alguma coisinha no caminho, que afinal de contas é para isso que cá andamos...

A única coisa que me preocupa neste momento é o sono e a fome que tenho, provocada por este "bug" porque fui atacada. Vou tratar disso.


Beijinhos



Mulholland Drive

Foto: MT

Estive hoje a assistir a esta pérola do David Linch, confesso que foi a primeira vez que o vi todo, embora tivesse o DVD em casa há alguns anos. Vi-o no momento certo, confesso. Fez-me lembrar a minha vida tal como se encontra. Pena que também eu abri a caixinha azul, preferia ter ficado no mundo da ilusão. Mas agora já o fiz...está feito, melhores dias virão.
Tal como o Vasco (41m) começei a ver as letras das músicas de outra forma, deixo-vos aqui um trecho de um poema dos The Gift "Fácil de Entender", agora faz todo o sentido.


"Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei(...)
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor, imaginei. (...)
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti...
(...)não sei o que é sentir
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender."

Saturday, November 25, 2006

Ausência

Foto: MT

A alma sente-se como uma praia abandonada em pleno Inverno. Precisa de chá e torradas para encontrar o rumo certo. É aquele tempo, em que o sol teima em não espreitar para nos alegrar nem que seja por um instantinho. Optei por arrumar os sentimentos no sotão, não chateiam, não atrapalham e doem mais longe.
As lágrimas já fizeram companhia à chuva que cai lá fora, o grito já se confundiu com o grito das gaivotas, o corpo já se misturou com a areia molhada de forma a exorcizar os males que o espirito teimoso não quer afastar.
Queria fazer uma viagem....bem longa por sinal, para me esquecer de tudo...para me esquecer de mim.
Se perguntarem por mim digam....digam que fui fraca, não aguentei e fugi.... mesmo que me vejam o corpo, não conseguirão encontrar-me a alma...aniquilei-a.

Friday, November 10, 2006

Atchim, atchim, sniff, sniff, coff, coff...

Que chatice andar nesta incultura a virús. As constipações nunca vêm nas alturas certas. Dias e dias em que choveu a potes, assim que espreita o sol radioso, pimba...atchim, atchim, sniff, sniff, coff, coff... Não há direito... Planos para o fim de semana, ir andar de bicicleta para a praia, um raid fotográfico na Serra, etc...etc... nickles batatoides. Troquei pelas pantufas, o cobertor, o lenço ( amigo de todos os minutos), o xarope e as saquetas do genérico. Com estas condições agora sim apetecia uma chuvinha lá fora, o friozinho, para acompanhar cá dentro com música, chá e um livro. Mas não, prevê-se sol radioso e temperatura a rondar os 24º! Até parece que o Senhor do Tempo anda a brincar comigo! Se faz favor emende a mão! Eu faço uma petição, só tem de me dizer onde a entrego, mande o endereço se faz favor. Caso seja longa a distância, envio-a a pagar no destinatário.

Wednesday, November 08, 2006

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas

Um exercício proposto pelo Pedro Ribeiro,achei deveras interessante, no entanto parece-me extremamente difícil. Vou entrar na viagem do auto-conhecimento.


Nunca fui à Lua, mas passo lá os dias.
Nunca fui cientista, mas reinvento-me todos os dias.
Nunca me perdi, mas perco-me nos meus pensamentos.
Nunca me senti abandonada, mas vivo só.
Nunca deixei de ouvir música, mas adoro o silêncio.
Nunca me senti presa, mas a ideia aterroriza-me.
Nunca saltei de pára-quedas, mas já me estatelei várias vezes.
Nunca corri a maratona, mas já me senti como se o tivesse feito.
Nunca dei a volta ao mundo, mas no mapa já percorri as principais estradas.
Nunca visitei a Biblioteca do Congresso em Washington, mas gostava de ler todos os livros que ela contém.
Nunca gostei de pássaros, mas adoro voar.
Nunca gostei de alguém e fui correspondida, mas gostava de experimentar.
Nunca fui à Baviera, mas se pudesse voltava lá todos os dias.
Nunca saltei de um precipício, mas sinto-me cair a cada dia que passa.
Nunca fiz mergulho, mas é debaixo de água que me sinto livre.

Monday, November 06, 2006

Um fantástico fim de semana

Foto: MT


E assim se passou um fim de semana fenomenal, aliás como deveriam ser todos. Vou enfrentar a semana que se avizinha de alma renovada, pronta para enfrentar as batalhas que se aproximam.
E para encerrar nada melhor que comer um pedaço de torta de chocolate branco acompanhado por um copo de leite, para dormir e sonhar com os anjos.
Beijinhos
Divirtam-se!

Friday, November 03, 2006

O Mar


Foto: MT

Ai as saudades do mar...
Dos passeios na praia em pleno Inverno.
Venha a água acalmar a alma, que anseia pela paz, que nem o ronronar da minha princesa consegue provocar.


"Não é nenhum poema
o que vos vou dizer
Nem sei se vale a pena
Tentar-vos descrever
O Mar, O Mar
E eu fui aqui ficando
só para O poder ver
E fui envelhecendo
sem nunca o perceber
O Mar, O Mar"
Pedro Ayres Magalhães