Silêncio. Hoje em dia já só escuto silêncio. Aquele silêncio soturno dos prados vazios. Corro e grito à procura da tua voz. Não está. Nunca está. Choro. Solidão. Encontrei apenas solidão.
A solidão que enche o coração vazio, cheio de dias que tardam em chegar. Revolta. Aquela revolta que nos unia, e que já não preenche os finais de tarde. Saudade. Saudade dos tempos em que fui compreendida, saudade de compartilhar emoções, saudade do riso, saudade de ser eu, saudade do tempo em que vivi.
Partiste. Ao partires levaste-me contigo. Morri. Hoje em dia apenas encaro o mundo como uma mera espectadora, um zombie. Não sinto nada.
Quando um dia te puder ir visitar, quando um dia conseguir sair desta jaula chamada vida, vou falar. Falar o acumulado que trago dentro de mim. Transparente. Hoje em dia sou transparente aos olhos do mundo, ninguém me vê ou ouve. Fujo. Fujo sempre que posso. Fujo na esperança de te conseguir encontrar algures num lugar longínquo.
Falo de ti. Sabias? Falo muito de ti. Maneira única de te manter vivo. Fazes-me companhia assim, a minha única companhia. Canto. Canto muito, desabafo, sem que ninguém perceba o que estou a dizer. Dói. Dói muito a espera de poder cantar.
Encontrei há dias um amigo teu, olhou, sorriu, baixou os olhos e seguiu em frente, ao fim de tantos anos ainda não conseguimos falar do que te aconteceu. A tua mãe chora quando me vê, confesso que também não consigo conter as lágrimas, cada uma de nós olha para a outra com a esperança que tenha o poder de te trazer de volta. Não temos. Ninguém tem.
Às vezes pergunto-me se me vês. Se sabes o que me vai acontecendo, se te ris comigo, se sofres comigo. Ter uma resposta a estas perguntas tornaria tudo mais fácil.
Gostava de saber o que fazes, se continuas a assistir o pôr-do-sol, religiosamente todas as tardes, se ouves música…penso sempre em ti.
Arrependo-me. Arrependo-me por vezes de tudo aquilo que não te cheguei a dizer, porque não houve tempo. Mas penso que o sabes.
Sim, lembro-me de tudo o que te prometi, mas cada vez é mais difícil cumprir essas promessas sem a tua ajuda.
O que dói mais no fundo, é o não te poder dizer: Até logo!
A solidão que enche o coração vazio, cheio de dias que tardam em chegar. Revolta. Aquela revolta que nos unia, e que já não preenche os finais de tarde. Saudade. Saudade dos tempos em que fui compreendida, saudade de compartilhar emoções, saudade do riso, saudade de ser eu, saudade do tempo em que vivi.
Partiste. Ao partires levaste-me contigo. Morri. Hoje em dia apenas encaro o mundo como uma mera espectadora, um zombie. Não sinto nada.
Quando um dia te puder ir visitar, quando um dia conseguir sair desta jaula chamada vida, vou falar. Falar o acumulado que trago dentro de mim. Transparente. Hoje em dia sou transparente aos olhos do mundo, ninguém me vê ou ouve. Fujo. Fujo sempre que posso. Fujo na esperança de te conseguir encontrar algures num lugar longínquo.
Falo de ti. Sabias? Falo muito de ti. Maneira única de te manter vivo. Fazes-me companhia assim, a minha única companhia. Canto. Canto muito, desabafo, sem que ninguém perceba o que estou a dizer. Dói. Dói muito a espera de poder cantar.
Encontrei há dias um amigo teu, olhou, sorriu, baixou os olhos e seguiu em frente, ao fim de tantos anos ainda não conseguimos falar do que te aconteceu. A tua mãe chora quando me vê, confesso que também não consigo conter as lágrimas, cada uma de nós olha para a outra com a esperança que tenha o poder de te trazer de volta. Não temos. Ninguém tem.
Às vezes pergunto-me se me vês. Se sabes o que me vai acontecendo, se te ris comigo, se sofres comigo. Ter uma resposta a estas perguntas tornaria tudo mais fácil.
Gostava de saber o que fazes, se continuas a assistir o pôr-do-sol, religiosamente todas as tardes, se ouves música…penso sempre em ti.
Arrependo-me. Arrependo-me por vezes de tudo aquilo que não te cheguei a dizer, porque não houve tempo. Mas penso que o sabes.
Sim, lembro-me de tudo o que te prometi, mas cada vez é mais difícil cumprir essas promessas sem a tua ajuda.
O que dói mais no fundo, é o não te poder dizer: Até logo!
MT
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