"O passado é como um rastilho..." escrevi eu num texto datado de 1992.Voltou a fazer sentido hoje, é engraçado como por quase nada se destapam feridas que temos bem arrumadas na última caixa guardada no vão do sótão.
Hoje aconteceu isso, um estúpido programa de televisão fez com que um reboliço voltasse a revolver-me o interior.
Os traumas são lixados, mesmo quando pensamos que já os ultrapassámos vem algo que nos faz relembrar que ainda estão presentes, apenas escondidos, como um rastilho mais tarde ou mais cedo chegam ao barril de pólvora e revolvem-nos as entranhas....
Será que alguma vez os conseguiremos simplesmente deitar no caixote do lixo da rua?
Hoje aconteceu isso, um estúpido programa de televisão fez com que um reboliço voltasse a revolver-me o interior.
Os traumas são lixados, mesmo quando pensamos que já os ultrapassámos vem algo que nos faz relembrar que ainda estão presentes, apenas escondidos, como um rastilho mais tarde ou mais cedo chegam ao barril de pólvora e revolvem-nos as entranhas....
Será que alguma vez os conseguiremos simplesmente deitar no caixote do lixo da rua?
1 comment:
Minha querida, isso é impossível.
Por muito que tentemos, aquelas coisinhas que "não matam mas moem" ficam lá como uma cicatriz. Pode estar num sítio fora de vista e nem te lembrares que existe - mas corres sempre o risco de uma raspadela ou qualquer coisa do género te reabrir a ferida, ou no mínimo fazer mossa novamente.
Só nos resta cultivar uma atitude de aceitação na medida em que fazem parte de quem somos, da nossa aprendizagem, por muito que essa aprendizagem tenha doído.
Eu ainda tenho "issues" com anos em cima ... há pouco tempo uma coisa de nada relembrou-me um desses - fui ver e sim, ainda lá estava a marca ...
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