Thursday, May 31, 2007

Despedida....

Foto: MT




Despedida


Quando tarde o sol já dorme
Fica a noite escura e fria
Há em mim uma saudade
Que há muito já sentia

Saudades da capa negra
Serenatas ao luar
Que fazia às donzelas
Até a manhã chegar

Foi sonho para aqui vir estudar
Era o curso o meu desejo
Por partir estou a chorar
Partir de ti Alentejo

Lágrima perdida no rosto
Ou noite sem ter o luar
São expressão deste meu desgosto
De Évora ter que deixar

Adormeço com a idéia
Presa naquela ansiedade
Começo logo sonhando
Tempos de Universidade

Os amigos que lá fiz
Vêm ao meu pensamento
Época em que eu fui feliz
E se vai perder no tempo.

(João Paulo Freitas)

Tuesday, May 22, 2007

Pushed Again

Apetece-me escrever. Há muito tempo que não me apetece…aconteceu hoje!


Imagino a praia, imagino sempre uma praia no início de qualquer processo criativo, seja literário ou musical, talvez porque o mar represente a liberdade, liberdade esta necessária para completar qualquer folha em branco. A liberdade de espírito que procuro alcançar, a liberdade que se encontra grilhada pelo que é suposto, na “Pushed Again” dos Die Toten Hosen, está bem patente esse meu sentimento:

«Why should I go where everyone goes?
Why should I do what everyone does?
I don't like it when you get too close
I don't want to be under your thumb

I'm feeling pushed again....

Why can't you just leave me alone?
solitude is a faithful friend
turn the lights off - I'm not home
can't you see
I don't need your help?

You're going too fast when I want to go slow
you make me run when I want to walk
you're sending me down a rocky road
I get confused
when you start to talk

I'm feeling pushed again...

Why can't you just leave me alone?
You're dragging me right to the edge
I've got to go
when you jerk my rope
I don't know
where the good times went»

Por vezes sinto quando começam a falar que estão a invadir o meu espaço, que me estão a invadir, não gosto, sinto-me encurralada….deixe-me em paz, a solução há-de vir no seu devido tempo, a solução chega com o silêncio, com a paz de espírito como conclusão. Tenho de ter tempo e espaço para que tudo isso aconteça.

Sou sozinha, não me canso de repetir isto, sempre fui, gosto de escolher a companhia quando a desejo ter, não gosto que me imponham presenças e regras, nem que me macem com sermões. Eu gosto de estar sozinha, gosto do silêncio e da paz de espírito que me permite, os sons, as vozes e os ruídos por vezes irritam-me e enjoam.

Sei que estou numa encruzilhada mas tenho de sair dela sozinha, não me imponham soluções, não me venham com mezinhas, deixem-me estar, deixem-me ser. Deixem que seja eu a escolher o caminho.

Chegou a época do medo, esta época é sempre propensa a que os meus medos saiam cá para fora, que me atormentem noites e dias afio, costuma ser também uma época de revelações. “This is it, don`t be scared now!” a vida precisa de seguir em frente, não a posso barrar mais.

Patricia O`Callaghan





Deixo-vos aqui um pequeno excerto, de um espectáculo fenomenal, com uma das vozes que mais admiro Patricia O`Callagham.
É bastante dificil encontrar material desta senhora em terras lusas.