Sunday, January 29, 2006

O manto branco que cobriu a Figueira



Quando acordei, hoje de manhã, olhei pela janela e nem queria acreditar, estava a nevar na Figueira da Foz.
A primeira e última vez que presenciei tal acontecimento andava ainda na quarta classe. Por isso a relevância este post.
Ficam aqui então algumas fotografias de como fica a cidade mais bonita de Portugal coberta de branco ( estas fotos pertencem ao portal www.figueira.net).
Espero que apreciem :



















Friday, January 27, 2006

Os 250 anos de Wolfgang Amadeus Mozart


Bem, não podia deixar de comemorar o 250º aniversário de Mozart, embora não seja grande fã de toda a sua obra, existem algumas do meu agrado principalmente no que concerne à obra operática.
Como 250 anos, é muito ano e principalmente muito tempo para permanecer presente no quotidiano de muita gente, é um feito apenas alcançado por alguns.
Aqui fica a minha singela homenagem ao menino-prodígio da Música Clássica (embora não seja o único como muitos pensam, não é Chopin?).
Para não vos massar com vida e obra deixo-vos antes uns links de sites que já proporcionam essa informação:

www.infonet.com.br/mozart/

The Mozart Project

w3.rz-berlin.mpg.de/cmp/mozart.html

Parabéns ao menino Mozart, porque embora faça 250 anos, hoje é um bebé.
Comemorem o seu aniversário ouvindo muita música!
E se tiverem crianças pequenas ponham-nas a ouvir Mozart porque está provado que faz bem para o desenvolvimento intelectual dos mais pequenos.
E aproveitem para preparar o ouvido, porque vem ai um ano repletinho de Mozart. Daqui a um ano já toda a gente conhece toda a vida e obra dele, porque isto quando concerne a Homenagens é até fartar.

Monday, January 23, 2006

Devaneios Literários



Naquele de Inverno, bem gelado, sentado junto ao lago que o viu crescer, pensava em como tinha chegado àquele estado, parecia que enfrentava um ponto sem retorno na sua vida, queria voltar a ter a confiança no que fazia e do que sentia.
Tinha chegado aquele dia em que não queria ir mais trabalhar. O que antigamente o animava, agora aborrecia-o de morte, não lhe apetecia levantar da cama para ir trabalhar e tinha chegado à conclusão que mudar de emprego tinha deixado de ser uma hipótese para passar a ser uma prioridade.
Mas fazer o quê, toda a sua vida pensara em ser publicitário, e agora a lufa lufa dos deadlines e das ideias criativas esgotara-o, ao ponto de ter deixado de gostar do que fazia.
O que poderia fazer então? Não conseguia encontrar qualquer resposta.
Não conseguia encontrar a Catarina, com certeza ela iria querer resposta para o que o intrigava, e neste momento não conseguia falar sobre este assunto.

A Catarina foi sempre uma mulher bastante decidida e não sei se iria ver com bons olhos toda esta minha indecisão, por outro lado se lhe contasse podia ser que ela me ajudasse… mas o que lhe digo? Que estou farto…quero mudar…mas para onde, se nem o que quero fazer lhe posso dizer?
Podia tirar umas férias até esclarecer este assunto, há dois anos que tenho as férias em atraso, posso aproveitar agora, quem sabe quando voltar venho mais disposto e até apreciar os desafios que me forem propostos?
Bem, as férias seriam uma boa solução, mas teria também de pensar na Rita e no Pedro afinal há dois anos que não passo umas férias com os miúdos.
Quando chegou a casa o almoço já estava quase pronto, tentou esquecer os seus problemas enquanto punha a mesa.
- Então que tal estava o lago? – Perguntou-lhe a mulher.
- Estava bastante calmo, nem sequer um pescador ou um barco!
- Deve ser por ser dia de semana – retorquiu ela.
-É capaz. Olha estava aqui a pensar, quando é que os miúdos têm férias?
- Na Páscoa, porquê?
- Estava a pensar em tirar umas férias e tu quando tens?
- Estava a pensar em tirar uns dias no Verão, mas se tu tirares agora, posso ver se consigo uns diazitos na mesma altura.
- Seria perfeito.
- Mas afinal porque queres tirar férias, logo tu e nesta altura do ano? Não é que não te faça falta, muito pelo contrário…os miúdos iam adorar….
- Estou a precisar de um tempo, as coisas no trabalho não andam grande coisa, não ando a gostar do que faço e penso que umas férias me fariam bem, pode ser cansaço e saturação.
- Se calhar…ouve lá…
-Diz…
- Não, se calhar é asneira…
-Não, diz.
- Pode ser uma tontice, mas não te sentirias mais motivado se criasses uma agência tua? Há tanto tempo que trabalhas ali sem perspectivas de promoção, porque não teres o teu próprio projecto?
- É algo a pensar, se calhar tens razão, se calhar é isso que me está a provocar esta angústia toda. E os miúdos?
- Que têm?
- Começar agora um projecto e se corre mal? Eles estão ainda em idade escolar… é arriscado…
- Pode ser mas o meu salário é estável e dá para qualquer emergência, porque não experimentas? Tens os contactos necessários para uma boa carteira de clientes e ainda podes ir buscar os melhores profissionais para trabalhar contigo.
- Tens razão, vou começar a pensar a sério nisso. De qualquer forma podíamos tirar uns dias de férias o que achas?
- Sim, podemos.
Esta Catarina, eu cheio de problemas, sem saber como abordar o assunto, sem saber qual a reacção que iria ter, e ela não só me apoia como me instiga a começar de novo.
Bem, agora resta-me por as mãos à obra e começar a delinear toda a estratégia de construção de um novo sonho, parece que rejuvenesci uns 15 anos.
Por vezes os nossos maiores receios tornam-se os nossos propulsores, mesmo quando pensamos que eles são devidamente fundados.

Wednesday, January 18, 2006

A Praia


As ondas batem levemente na praia, levanto-me e dou uns passos mesmo juntinho à linha de água para depois vê-la lentamente encher as minhas pisadas.
O cheiro da maresia em conjunto com o som das gaivotas, lembram-me tempos passados, épocas cheias de alegria e contentamento.
Começo a correr, corro sem rumo, corro junto à água, que me salpica as calças de ganga, não sei para onde vou, mas neste momento não me interessa.
Lembrei-me do teu olhar, lembrei-me da tua voz, já não o vejo ou a ouço há muitos anos, mas não sei porquê, regressaram-me agora à memória, talvez porque fosse esta a nossa praia, muitos anos antes de ter parques infantis ou até mesmo campos de jogos, tu terias gostado, seguramente, da rampa para os skates.
O meu coração bate sobressaltado pela tua memória, apetecia-me falar contigo, mas sei que isso é impossível.
Demorei alguns anos até conseguir suportar a tua ausência, mas agora já não dói tanto, consigo conviver amigavelmente com a tua memória, sem me sentir magoada por ela, ou sem que a saudade seja avassaladora e me derrube.
Faz doze anos daqui a uns meses que não te vejo, no entanto continua a parecer ontem.
Olhando em volta, pergunto-me se irias reconhecer a nossa praia…incrivelmente está mais comprida, mas também está mais alegre, mais cuidada, olhando para trás, e comparando, naquela altura parecia abandonada.
A praia, as conchas, as algas, o vento, o som do mar, tudo me relembra a tua imagem como se estivesse elevada sobre o horizonte… como seria tudo se ainda pudesses estar aqui?
Até amanhã, hoje vou sonhar melhor!

A Música de Nuno Malo

A Música, que estão a ouvir, é do compositor português Nuno Malo e poderão encontrá-la em www.nunomalo.com.
Dêem uma espreitadela, eu adoro o trabalho dele e recomendo-o a toda a gente.
E é sempre agradável saber que, um compositor português, tão novo como o Nuno, tem já o extenso curriculum que ele tem. E assim sendo, quero ver como o trabalho dele vai evoluir com os anos.

Monday, January 09, 2006

A Bela Catalunha





Catalunha Triunfante!
Tornará a ser rica e plena!





A todos aqueles que fizeram da minha estadia na Catalunya memorável, muito obrigada!
À Noemi, obrigada por me teres mostrado o teu país, as suas tradições, a cultura, a música, a gastronomia, mas sobretudo pela amizade. O meu obrigada também à tua familia.
A Catalunha ficou para sempre marcada no meu coração, espero voltar brevemente, desta vez a falar já um pouquinho o Catalão!
Aos portugueses recomendo uma visita à Catalunha, em todo o seu esplendor, aproveitem Barcelona, mas conheçam a beleza do Interior, eu fiquei fã.